terça-feira, 14 de setembro de 2010

O restauro da "Gigi". Parte I

Nota do Autor:
Antes de iniciar estes próximos capítulos, tenho que chamar a atenção daqueles que "não dão a mínima" para questões de mecânica.
Vou tentar fazer uma descrição o mais curta e suave possível, mas não posso deixar de publicar fotografias um pouco mais susceptíveis de chocar pessoas mais sensíveis...
Estas referem-se às "partes intimas da Gigi..."
Desde já as minhas desculpas.
Se por acaso estiverem presentes crianças ou pessoas alheias a este tema, devem ser esclarecidas destes conteúdos.
Obrigado.
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Depois da movimentação provocada com a aquisição e transporte, “assentámos” um pouco e começámos a pôr tudo em ordem.

Para começar, entreguei ao “despachante” os documentos para legalização da “imigrante italiana”.


Depois de guardar as peças já restauradas pelo Enrico, começámos a catalogar as soltas.


Foi tudo fotografado ao pormenor, para que quando surgissem dúvidas, pudéssemos socorrermo-nos desses elementos de “prova futura”.

Etiquetas em tudo que se retirasse e guardar nas caixas respectivas.

Foi montada uma “mesa de operações” para se efectuarem os trabalhos de bancada.

Aqui foram feitos os trabalhos mais delicados.

Tudo o que era frágil, como faróis, farolins, vidros e interruptores, foi guardado de forma que não sofresse de acidentes evitáveis.



A dificuldade de encontrar peças de viaturas com estas vetustas idades, é muito grande.

Esta em causa, já tem a bonita idade de 57 anos!!! (Respeitinho!)

Como o motor e caixa estavam já separados, levei-os a Leiria para serem revistos pelo “grande mestre” de Fiat’s neste país.


Grande amigo, (preparador de carros de rally, como de Ramiro Fernandes, António Monteiro e colaborador e amigo de grandes “astros do asfalto”, como Maku Allen e outros), que é o Sr. João Oliveira, para os amigos “João Torneiro” (para mim: "Joãozinho", simplesmente).


Fez um trabalho excelente, como é costume.

Quanto ao motor, disse-me: “Abri e fechei, porque estava em óptimas condições!”
Melhor...

Quanto à caixa de velocidades é que teve de ser desarmada à força, porque o lubrificante dos "anos oitenta" e os longos anos de inactividade, tornaram o fluido em  “ponto caramelo”, como se diz em gíria pasteleira.
Serviu uma caixa extra, que eu tinha, para ajudar a resolver esta situação.

Depois de se esvaziar a “carcaça”, começámos a restaurar todos os elementos que podíamos.


Depois de limpos e desengordurados, eram pintados e embalados nas respectivas caixas, tudo por ordem.

Alguns elementos tiveram de ser adquiridos novos, ou usados de várias procedências. Desde os Estados Unidos, Alemanha, Suíça, Argentina, França, Portugal, mas sobretudo de Itália, “terra natal” da nossa “desventrada” Gigi.

A Internet é um precioso meio, hoje em dia, para termos acesso a informação e localização do que pretendemos.

Pergunto:
Como conseguíamos dantes?
Talvez não tão bem, nem tão rápido, mas conseguiamos!

Só de me lembrar que para restaurar o outro Fiat 500 C, demorei cerca de 5 anos…
Foi obra...!

(continua)


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1 comentário:

  1. Não foi, por mero acaso, o t/ amigo João Oliveira que meteu o motor de um 124 num 600?
    Como o vi inteiro - não tinha sido experimentado - achei que devia ser uma "bomba", embora o carburador espreitasse entre os dois únicos bancos que tinha: os da frente!

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